terça-feira, 11 de outubro de 2011

Alma lavada

Lava, lava a alma
do sujo ao maltrapilho
do senhor ao andarilho.
Lava a alma destes pobres sem destino
Cai a chuva e cubra os rostos com sofrimento desatino
Chuva cai e lava a boca
dessa gente imunda
Que só sabe indagar
reclamar da vida injusta
e não se poe a mudar.

Lava, lava a alma
do homem que naufraga
que não procura terra fértil
anda pelo mundo a vagar
não para aqui, nem acolá.

Lava, lava a alma dessa gente sem frescura
que te tanto podre
nem os pecados os segura
que talvez até água doce quando molha
vira ácido e corrói a amargura.
A criatura que de dura transforma-se em alvura.

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