sexta-feira, 23 de julho de 2010

Flor de Lótus




Descobri essa flor a pouco tempo quando comecei a pesquisar sobre práticas de meditação, Ioga e budismo. É justo começar minhas postagens por ela, já que desde então tem sido uma grande força para superar meus pequenos momentos depressivos e/ou de ansiedade.

A sua história me comoveu e simbolizou, para mim, uns dos exemplos de superação.






A Flor de Lótus é venerada, principalmente, na Índia e no Japão.
O Oráculo disse que essa é uma flor que simboliza a espiritualidade.


A semente desta flor pode ficar cerca de 5 mil anos sem água, somente esperando a condição ideal de umidade para germinar. Ela nasce na lama e só se abre quando consegue atingir a superfície, onde exibi suas pétalas luminosas, que são autolimpantes, ou seja, têm a função de repelir microorganismos e poeiras sozinha. Ela também é a única planta que regula o seu calor interno, mantendo-o por volta dos 35ºC.





Para os chineses, o passado, o presente e o futuro estão simbolizados através da flor, sendo respectivamente: pela flor seca, pela flor aberta e pela semente que está prestes a germinar.



Já para os indianos, a tradição budista conta que Siddharta (que se tornaria o Buda) tocou o solo e fez seus primeiros sete passos, sete flores-de-lótus nasceram. Representando cada um dos sete passos do Bodhisatha, um ato de expansão espiritual. O conhecimento supremo espiritual é comparado ao florescimento do Lótus de mil pétalas no topo da cabeça, e seria equivalente às auréolas dos santos da Igreja Católica.




Nas Filipinas, surgiu a história do surgimento da Flor de Lótus:



Certo dia, à margem de um lago solitário e tranquilo encontravam-se quatro elementos irmãos: o fogo, o ar, a água e a terra.

_ Quanto tempo sem nos vermos em nossa nudez primitiva_ disse o fogo cheio de entusiasmo, como é de sua natureza.


É verdade. _ disse o ar. _É um destino bem curioso o nosso. À custa de tanto nos prestarmos para construir formas e mais formas, tornamo-nos escravos de nossa obra e perdemos nossa

liberdade.


_ Não te queixes_ disse a água_, pois estamos obedecendo a Lei, e é um Divino Prazer servir à Criação. Por outro lado, não perdemos nossa liberdade; tu corres de um lado ao outro, à tua vontade; o irmão fogo, entra e sai por toda a parte. E eu faço o mesmo.


_ Eu que deveria me queixar _ disse a terra_, pois estou sempre imóvel e sem minha vontade dou voltas sem descansar-me.


Não entristeçais minha felicidade em vê-los_ disse o fogo_Vamos festejar este momento.



Todos o aplaudiram e se entregaram ao mais feliz companheirismo. Cada um contou o que havia feito durante sua longa ausência, as maravilhas que tinham construído e destruído. Cada um se orgulhou de se haver prestado para que a Vida se manifestasse através de formas sempre mais bela e perfeitas. Em meio de tanta alegria, existia uma nuvem: o Homem. Ah, como ele era ingrato! Haviam-no construído com seus mais perfeitos e puros materiais, e o homem abusava deles, perdendo-os. Porém a nuvem dissipou-se e os momentos de felicidade voltaram a reinar.



Aproximando-se do momento de se separarem, pensaram em deixar uma recordação que perpetuasse através das idades a felicidade de seu encontro. Resolveram criar alguma coisa especial que, composta de fragmentos de cada um deles harmonicamente combinados, fosse também a expressão de suas diferenças e independência, e servisse de símbolo e exemplo para o homem. Por fim, refletindo-se no lago, os quatro disseram:



_ E se construíssemos uma planta cujas raízes estivessem no fundo do lago, a haste na água e as flores e folhas fora dela?_ A idéia pareceu digna de experiência.


_ Eu porei as melhores forças de minhas entranhas e alimentarei suas raízes _disse a terra.
_ Eu porei as melhores linfas de meus seios e farei crescer sua haste _ disse a água.

_ Eu porei minhas melhores brisas e tonificarei a planta _ disse o ar.

_Eu porei todo o meu calor para dar às suas corolas as mais formosas cores _ disse o fogo.


O sol abençoou a planta e quando os quatro elementos irmãos se separaram, a Flor de Lótus brilhava no lago em sua beleza imaculada, e servia para o homem como exemplo de pureza e perfeição humana.


Consultaram os astros, e foi fixada a data 8 de maio para a comemoração que desde épocas remotas se tem perpetuado através das idades. Foi espalhada esta comemoração por todos os países do Ocidente, e em 1948, o dia 8 de maio também se tornou o "Dia da Paz".




Do mesmo jeito pode ser conosco. Não é porque nascemos em meio a pobreza, violência e desarmonia familiar que devemos nos deixar influenciar. Temos que ser Flores de Lótus e encantar a todos com nossa Beleza, viver dignamente, puros e incentivar os outros ao nosso redor a fazerem o mesmo.





























































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