terça-feira, 5 de novembro de 2013

Herói da rua

Percebo os belos cabelos ao vento
Cabelos de eva, cheios de ouro
sedosamente perfeitos
forma de deusas, singularmente único.

Se a bela chora num quarto de hotel
Bela, não te entristeças
Consolar-te-ei às custas de um ombro amigo
Venha, menina mulher, nos braços de um louco apaixonado descansar
Que no embalo do meu ninar resgatarás teus sonhos perdidos.

Noto seus belos olhos redondos
inundados de lágrimas inoportunas.
Delicado momento épico, no qual lágrimas de solidão desviavam
de sinais de tristeza que brotavam no rosto angelical.

Se a bela desiste em um canto da rua
Não te acanhes a viver.
Ainda lhe mostrarei o paraíso deste mundo, bela.
Não te aflijas com o desconhecido, pois lhe mostrarei
que as coisas mais lindas fogem do alcance dos nossos olhos.

Admoesto suas roupas esmirradas, deselegantes
lutando contra um corpo estonteante, escultural.
Corpo usado, desrespeitado, ignorado, sem valor.
Desconcerto-me ao perceber que me notas a admirá-la.
Desvio meu olhar e a bela sorri.

Não chores, bela.
Não desista desse mundo cruel,
pois ainda há beleza e sorriso para conhecer.
Nesta luta,
Serei o seu herói.

Um comentário:

  1. Incrível, pra variar... rs
    Ao ler tive a impressão de que alguém escreveu isso pra você. Você se colocou numa terceira pessoa, foi isso?
    Se sim, realmente surpreendente! ^^

    ResponderExcluir