Ela estava num motelzinho de estrada
Com um homem de meias furadas
Que ardia em cigarros e chamas
Trazia um carinho incapaz, um amor fugaz.
Sem esboçar prazer
Submetia-se a esforços insaciáveis
O estudo do corpo e da mente
de uma poeta que perdeu o encanto das letras
e rendeu-se às atrações do cotidiano fatal.
Estaria pecando a pobre trovadora solitária
Incorrespondida e fracassada,
Que não tinha em quem se contentar
em opinar por um simples verso a solar?
Adaptar-se-á, a pequena menina,
a rotina de virar.
Vira poeta, vira lugar
Vira mulher, vira-se pra amar.
Só não se livra da imagem que se transformou ao virar.
Que esta poeta, nunca perca a capacidade de versar seja a beleza de amar, seja a feiura do estar, do momento do isolamento em que se colocar (in)voluntaruamente.
ResponderExcluirGrande poema, Carlinha!!! Está crescendo em você a essência do escrever o que sente sem se importar com o que se lê, com o que vão tentar entender... o entendimento será sempre pessoal e individual...
Continue escrevendo sempre!
(*.*) Tia Aninha