quarta-feira, 4 de abril de 2012

Eternamente

Era uma noite de lua brilhosa
e ela conseguia clarear a penugem que cobre o seu braço
enquanto a relva acariciava as minhas costas
e ali eu me apaixonei pelo seu olhar, pelo cheiro da terra e pela luz do luar.

Incondicionalmente minha memória fotografou a cena
que pertuba minhas madrugadas sem me deixar dormir
rolando pela grama e ouvindo sua risada estridente
era como um soar de trombetas vindo de um paraíso astral.

Por utopia talvez, mas ali eu tinha a certeza
de que o que eu vivia não era pra sempre,
era finito e indescritível, mas que levaria comigo nas próximas reencarnações
até encontrar esse sentimento de novo.

Até por ironia que seja, o destino escolheu assim
disse ao pé do ouvido que esse seria o meu castigo
que a cada dia eu gostasse mais
e seria recompensada por tudo isso.
Quer saber nem preciso de promessas.

Tudo que tá no papel, apaga.
Tudo que tá na cabeça, passa.
Mas o que tá no coração...descompassa, mata, encoraja, encanta, machuca, sara e
acima de tudo permanece.
Se não pra sempre, eternamente.

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