Vá embora que ainda dá tempo
o trem passa rápido,
sujeito sonolento.
Deixa tua bagagem
Não necessitas nesta viagem
Tua estrada chegou ao fim
Tua vida, de fato, acaba assim.
As riquezas vão no caixão
os amores, as lições
e as mágoas do coração.
Quem mandou viver como aprendiz
de bar em bar com a meretriz
a cidade toda diz
Eis um rei que ninguém quis.
Sozinho afundarás nesta terra densa
e a alma que a ti já não pertença
Nasce uma flor que não compensa.
Única flor de São Luís
O mundo da noite, da cachaça
da falta de bonança do teu país.
Teu corpo já desce a sete palmos
Teu presente ao amanhacer
Flores, choros e salmos
As pessoas que nem quis conhecer
choravam misérias
por um bom cachê.
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